A história desta página ...

Boa gente,
vocês desculpem a este vosso ignorante amigo, mas quando vejo uma coisa bonita, não resisto a querer contá-la a toda gente...

Não se apresenta nada de muito completo mas mostra-se alguns dados acerca deste "nosso poeta de estimação" que espero possam ser úteis.

Esta página que aqui vai crescendo, começou com algumas mensagens informais de AP Braga (algumas das quais transcrevo abaixo).

Um abraco,
J.João
PS: Contribuições, comentários são sempre bemvindos

Acerca do poeta Reinaldo Ferreira (A.P.Braga)

Reinaldo Ferreira morreu com anos 37 de idade, em Junho de 1959, em Lourenço Marques (Maputo) para onde tinha ido em 1941 e onde terminou o 7º ano do liceu.

O seu nome completo era Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira, e era filho do jornalista Reinaldo Ferreira, o célebre Repórter X.

Tive a sorte de conhecer a sua obra, nos finais dos anos 60, quando estava no Grupo de Teatro da Associação de Estudantes do IST e organizámos um espectáculo de poesia para recrutar elementos para o grupo.

Aí fiquei de posse de um livro, editado em 1960 pela Imprensa Nacional de Moçambique, de onde tirei estes elementos e que me serviu para musicar vários dos poemas nele contidos, entre eles a Rosie (este de parceria com o Fausto).

O livro foi publicado postumamente pois o R.Ferreira não publicou nenhum livro em vida. A Rosie é que tinha sido publicado com o título "Dancing with Rosie (a taxi girl)" julgo que num jornal de Maputo.

Do R.Ferreira, para além do Cavalo de Várias Cores, sei que há duas versões musicadas do poema Menina dos Olhos Tristes uma da autoria do Luís Cília (balada publicada quando ele estava em Paris) outra musicada pelo Zeca Afonso e cantada por ele e pelo Adriano Correia de Oliveira (bem "coimbrã").
Embora nós o ligássemos à Guerra Colonial, só pode ter sido escrito pelo que o Reinaldo sentia em relação a essa selvajaria da nossa espécie.

Há um pequeno poema, que não resisto a enviar, e cujo original manuscrito aparece facsimilado no livro de que lhe falo acima:

Mínimo sou.
Mas quando ao Nada empresto
a minha elementar realidade,
o Nada é só o resto.

O poema que começa por "Mínimo sou." está no Livro II - Poemas Infernais e é titulado O Ponto