No passado dia um de Março, o auditório do Colégio foi palco de Sentimentos. Todos os participantes foram convidados a deixar a azáfama diária e a vibrar, por instantes, o sabor de um olhar poético.

            Tudo começou ao piano. Um pequeno instrumentista em tamanho, apenas nove anos, mas grande em qualidade, Bruno Ferreira, delicio-nos com uma sublime melodia de Bach.  Estava montado o cenário… e a atmosfera propícia para a emoção.

            Seguiram-se os textos da escritora Maria Teresa Gonzalez. Nove pedaços de literatura teatralizados pelos alunos da Escola de Actores do Colégio. Um momento, onde cada um pode mostrar a sua singularidade e os progressos, neste projecto comediante e performativo, que é a disciplina do Teatro.

            A primeira parte estava concluída. Era altura dos alunos da Escola Secundária Camilo Castelo Branco de Vila Nova de Famalicão coabitarem o espaço cénico. O ambiente estava tranquilo e faziam sentido outras propostas. Ouvir Eugénio de Andrade. Sim, Eugénio de Andrade «apareceu»! Quatro poemas mesclados de fado, música ao piano e passos de ballet. Como se de uma feira se tratasse, a confusão de sentimentos era grande: deleite de uns, o nervosismo de outros e o orgulho de muitos pais, professores e encenador. É bom ver adolescentes, os Homens de amanhã, a saborear a vida de uma forma tão apaixonada e tão saudável.

            A noite findou com o toque magistral de Sophia M. Breyner. Interpretado pelos professores, Ivo Machado, na voz, e Rui Mesquita, ao piano, O Búzio de Coz, trabalho concebido para ser apresentado nas escolas e composto por oito poemas, findou com a participação de todos os presentes que se juntaram à festa cantando o último tema.

         Foi com este momento apoteótico que o nosso espectáculo poético chegou ao seu terminus.

            Prometemos voltar.

            Ousem assomar à nossa porta…

            Fernando Silvestre,  o professor de Teatro