Armando Antunes da Silva nasceu no dia 31 de julho de 1921 em Évora e faleceu em 1997 na mesma cidade. Frequentou a Escola Comercial de Évora, abandonando os estudos aos treze anos para trabalhar num escritório. Em 1948, fixa-se em Lisboa onde, a por do trabalho na secção de publicidade e de relações públicas numa empresa industrial, se dedica à escrita. Colaborou em várias publicações, destacando-se a revista Vértice, os jornais O Comércio do Porto, o Diário Popular, o Diário de Notícias, o Diário de Lisboa e O Diabo. A sua obra pertence ao Neo-realismo. Antunes da Silva publicou dois diários. O primeiro tem por título Jornal I Diário e foi publicado em 1987, reportando-se a registos de 1984 e 1985. O segundo tem por título Jornal II Diário e foi publicado em 1990, reportando-se a registos de 1986-1990. O autor, a viver na cidade de Évora, vai falando da velhice, tece opiniões sobre o que vai acontecendo na região, em Portugal e no mundo. Descreve a paisagem alentejana em diferentes momentos, fala de literatura, tece reflexões sobre o passado e sobre a sua vida presente. Relata viagens (uma delas aos Açores e outra a Macau). A cada passo, transcreve poemas. O estilo é simples e sem grandes pretensões. Alguns dos seus contos foram traduzidos para checo, alemão e italiano.
Obras: Poesia Esta Terra é Nossa Cancioneiro Geral (1952); Canções do Vento Cancioneiro Geral (1957); Breve Antologia Poética (1991). Prosa Gaimirra (contos, 1946); Vila Adormecida (contos, 1948); Sam Jacinto (contos, 1950); O Aprendiz de Ladrão (contos, 1954); O Amigo das Tempestades (contos, 1958); Suão (romance, 1960); Terra do Nosso Pão (romance, 1966); Alentejo é Sangue (crónicas e narrativas, 1966); Uma Pinga de Chuva (crónicas e narrativas, 1972); Exilado (contos, 1973); Jornal I Diário (1987); Jornal II Diário (1990).