António José Branquinho da Fonseca (1905-1974) nasceu em Mortágua e faleceu em Cascais. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, tendo aí convivido com escritores como João Gaspar Simões e José Régio. É aliás com estes que funda a revista Presença (1927). Em 1930 desliga-se definitivamente da revista. Exerceu funções no Registo Civil de Marvão e de Nazaré e foi diretor do Museu-Biblioteca Conde de Castro-Guimarães em Cascais. Os seus primeiros textos eram assinados com o pseudónimo António Madeira. A obra de Branquinho da Fonseca, embora de cunho original, está intimamente ligada ao presencismo. A sua obra mais famosa, O Barão, foi adaptada ao cinema nos anos 40 por Edgar Pêra. Oliveira Salazar, pensando ser ele o principal visado, ordenou a destruição do filme.
Obras: Poesia Poemas (Coimbra, 1926); Mar Coalhado (Lisboa, 1932); Poesias (1964). Teatro Posição de Guerra (Coimbra, 1928); Teatro (Lisboa, 1939). Ficção Zonas (contos, Coimbra, 1931); Caminhos Magnéticos (contos, Lisboa, 1938); O Barão (novela, Lisboa, 1942); Rio Turvo (contos, Lisboa, 1945); Porta de Minerva (romance, Lisboa, 1947); Mar Santo (novela, Lisboa, 1952); Bandeira Preta (contos, Lisboa, 1956).