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Emanuel Dimas de Melo Pimenta


Emanuel Dimas de Melo Pimenta é arquitecto, urbanista e compositor de música erudita contemporânea. Recebeu o prémio Destaque de Marketing em 1977 pela Associação Brasileira de Marketing; o prémio APCA pela Associação Paulista de Críticos de Arte em 1986; o prémio Lac Maggiore, pelo Governo Regional da Lombardia, Associação Internacional de Críticos de Arte, Unesco e Conselho de Europa em 1994. Em 1993 os seus trabalhos foram seleccionados pela Unesco, em Paris, considerando-o um dos mais representativos artistas multimedia. É membro do Tribunal Europeu do Ambiente, onde tem actuado como membro da direcção desde 1995. É, ainda, membro activo da Academia de Ciências de Nova York, da Sociedade Americana para o Progresso da Ciência em Washington DC, da AIVAC Association Internationale pour la Video dans les Arts et la Culture, em Locarno, e membro fundador da International Society for the Interdisciplinary Study of Symmetry, com sede em Budapeste. Estudou, entre outros, com Hans Joachim Koellreutter, Eduardo Corona, Eduardo Kneese de Mello, Décio Pignatari, Holger Czukai e Roti Nielba Turin. Trabalhou junto a John Cage de 1985 até ao seu desaparecimento em 1992.

É compositor para Merce Conningham, em Nova York, desde 1985. É também compositor para a Appels Dance Company de Nova York, desde 1990. As suas composições têm sido executadas em diversos países por importantes músicos como John Cage, David Tudor, Takehisa Kosugi, Maurizio Barbetti, John Tilbury, Martha Mooke, John DS Adams, Michael Pugliese e o Manhattan Quartet entre outros. É membro do Conselho Editorial da RISK ARTE OGGI, em Milão. Tem sido convidado como conferencista e professor, por diversas Instituições, entre as quais as universidades de Nova York, de Lisboa, de Coimbra, de Lausanne, de São Paulo, de Tsulsuba, pela Fundação Calouste Gulbenkian, pela Fundação Monte Veritá e pelo Instituto de Tecnologia Technion de Haifa.

Os seus trabalhos estão incluídos na Enciclopédia Universalis, no Sloninsky Baker's Art Dictionary e no All Music Guide – the expert's guide to the best cds. Tem os seus trabalhos, papers, livros, projectos de arquitectura e compact discs publicados em Inglaterra Estados Unidos, Japão. Holanda, Portugal, Brasil, Alemanha, Suíça, Hungria, Itália e Espanha. Desenvolve projectos de arquitectura, urbanismo e música contemporânea utilizando tecnologias de Realidade Virtual e ciberespaço. Na década de 80 criou o termo e o conceito "arquitectura virtual", que se tornaria mundialmente utilizado, inclusive como disciplina em várias faculdades de arquitectura em diversos países. Entre os seus livros publicados, destacam-se Tapas – Arquitectura e o Inconsciente (1985), Virtual Architecture (1990) e Teleantropos (1999).

Em 1996 criou, com o apoio da Fundação para a Computação Científica Nacional, o museu virtual Earth's Collection. Nesse mesmo ano lança em Perugia, Itália, o site Joseph Beuys Project, com o apoio da FCCN Fundação para a Computação Cientifica Nacional e da Risk Arte Oggi (Milão). Na primeira metade da década de 90 tem o seu site lançado pela ASA Art and Technology. Em 1996 participa em Lisboa junto com René Berger (na Suíça), Philippe Quéau (na França) e Bernard Allien (nos Estados Unidos) em uma das primeiras vídeo conferências MBONE em tempo real pela Internet. É, ainda em 1996, convidado a participar da formação da Université du Futur (Universidade de Lausanne, UNESCO, CNRS, Conselho de Europa), junto a René Berger, Basarab Nicolescu, Pierre Levy e Edgar Morin entre outros. Em 1997 foi curador para a exposição "Arquitectura Virtual", no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Actua, como curador, para a exposição "Arquitectura Virtual" que integrará a Bienal Internacional de Arquitectura de São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo, em Novembro de 1999.


TELEANTROPOS

«Para se ter uma ideia da metamorfose que vivemos, basta recordar a exemplo do muito do que se disse no final do século XX sobre o valor da obra de arte e o papel do ensino face às novas tecnologias – que no sécio XVII os teólogos questionavam-se se um ritual assistido através de uma luneta teria ou não valor. E concluíram que não! A estrutura do novo cosmos, desta vez planetário, é a estrutura do tempo real – a partir da qual René Berger cunhou o termo teleantropos para designar uma nova civilização que emerge. Compreender a arquitectura virtual, uma arquitectura da era do teleantropos, implica compreender a aspiração a um ethos global e um cosmos feito de grandes e interdependentes "manchas" de conhecimento. Tem início uma nova iconologia, não mais simbólica – não mais cunhada a partir de uma lógica Predicativa».

Emanuel Dimas de Melo Pimenta, Teleantropos, Lisboa, Editorial Estampa, 1999.


«Nesta publicação o autor procura estudar os eventos da vida, catalisar o olhar sobre o mundo, inserir-se no contexto da consciência humana, na coragem que prelude uma era de comportamento responsável e iluminado por todos aqueles que vivem uma atmosfera voltada para a potencialidade do ser, num sentido sempre de coerente transparência e de vital renovação social».

Lucrezia De Domizio, Baronesa Durini



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