Projecto Vercial

Edgar Carneiro


Edgar Carneiro nasceu em Chaves no dia 8 de Maio de 1913. Fez os estudos secundários no Colégio de Lamego e nos liceus de Chaves e Vila Real. Licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas na Universidade de Coimbra, exercendo depois a docência em Escolas Industriais e Comerciais e nas Secundárias. Foi também professor do Ensino Liceal em colégio particular. Desde há muitos anos residente em Espinho, participa na tertúlia "Onda Poética", onde colabora na divulgação da Poesia e onde continua a dar a conhecer as suas mais recentes criações.

Ainda estudante universitário, editou em 1934 o seu primeiro livro, Caminhos de Fogo, que logo retirou do mercado por julgá-lo imaturo. Só voltou a editar novo livro em 1978, a que deu o título de Poemas Transmontanos . A este seguiram-se mais dez títulos, sendo de salientar Rosa Pedra, A Boca na Fonte e Antologia Poética, da Elefante Editores, que permite uma abordagem global aos seus temas preferidos. Com 86 anos, lançou ainda, em Outubro de 2000, um conjunto de poemas eróticos, intitulado Lúdica.

Os seus temas preferidos giram à volta do seu repúdio pela guerra e pelos regimes totalitários, e da exaltação da Natureza e do Amor.

Consta do Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (Publicações Europa-América – Vol. IV), onde vêm inseridas apreciações críticas da sua escrita. Assim, segundo Luís de Miranda Rocha, são dois os fundamentais motivos de interesse da sua poesia: o primeiro é o rigor da escrita – agilidade estilística, domínio de meios expressivos, economia discursiva, outras qualidades que à noção de rigor vulgarmente se associam; o segundo é a dependência no referencial em relação à realidade social, regional. A outra referência é de João Gaspar Simões que via na sua poesia através de um verbalismo que se ponderabilizou na escola dos poetas dramáticos (particularmente Torga) uma altura considerável no nosso lirismo.

Ernesto Rodrigues reputa-o como o nosso melhor artista em verso curto e Fernão de Magalhães Gonçalves assevera que o seu livro Rosa Pedra é uma obra-prima e que era impossível ir-se mais longe na contenção emotiva e no bom gosto.



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