Fernando Guimarães nasceu no Porto a 3 de fevereiro de 1928. Notabilizou-se como poeta, ensaísta e tradutor. A sua obra ensaística orienta-se para o estudo de questões teóricas, ligadas à estética, e da evolução da poesia portuguesa nos últimos cem anos, a partir de grandes movimentos como o Simbolismo, o Saudosismo ou o Modernismo. Traduziu, em livro, poemas de Byron, Shelley, Keats, Dylon Thomas e, em colaboração com Maria de Lourdes Guimarães, Hugo von Hofmannsthal e Elaine Feinstein. Robert Bréchon (em Georges Le Gentil, La Littérature Portugaise) refere-se à sua obra poética nestes termos: «Il chante à mi-voix, avec une ardeur contenue, l'intimité du jour et de la nuit, des saisons et des heures, des fleures et des corps. Mais ce chant si simple a quelque chose de secret, en raison de ce que Rémy Hourcade appelle les "glissements métaphysiques" et les autres "procédés très stricts", qui constituent toute une savante rhétorique».
Obras: Poesia Casa: o seu Desenho (IN-CM, 1985); Poesias Completas, vol. I: 1952-1988 (Edições Afrontamento, 1994); A Analogia das Folhas (Limiar, 1990); O Anel Débil (Edições Afrontamento, 1992). Ficção As Quatro Idades (Presença, 1996). Ensaio A Poesia da "Presença" e o Aparecimento do Neo-Realismo (Brasília); Linguagem e Ideologia (ed. Lello); Simbolismo, Modernismo e Vanguardas (Lello); Poética do Saudosismo (Presença); A Poesia Portuguesa Contemporânea e o Fim do Modernismo (Editorial Caminho); Poética do Simbolismo em Portugal (IN-CM); Conhecimento e Poesia (Oficina Musical); Os Problemas da Modernidade (Presença).