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Um Homem sorri à morte – com meia cara, narrativa autobiográfica de José Rodrigues Miguéis

José Rodrigues Miguéis nasceu em Lisboa, em 1901, e é uma personalidade multifacetada, importante não só na Literatura, mas também na Cultura Portuguesa, já que a sua acção se estendeu por diversos campos.

Rodrigues Miguéis foi professor, jornalista, orador, ideólogo político, tradutor, editor assistente das Selecções do Reader’ Digest (nos Estados Unidos) e escritor.

Desde muito jovem que se dedicou ao jornalismo, tendo colaborado em jornais e revistas.  (Foi um dos directores do semanário Globo;  aos 21 anos começou a participar na Seara Nova e escreveu também para República.)

Exerceu advocacia, estudou na Bélgica, onde fez a Licenciatura em Ciências Pedagógicas na Universidade de Bruxelas. No regresso a Portugal, empenhou-se em diversas actividades de intervenção, mas por vicissitudes várias, desiludido, em 1935 expatriou-se nos Estados Unidos, onde procurou intervir politicamente através da sua colaboração na imprensa em língua portuguesa e espanhola.

Ainda voltou a Portugal durante algum tempo (1946-47, 1957-59 e 1963-64), todavia, após uma passagem (em 1949-50) pelo Brasil, acabou por se fixar nos Estados Unidos, tendo falecido em Nova York em 27 de Outubro de 1980.

A actividade literária deste autor começou em 1932 com a publicação da novela Páscoa Feliz, que foi galardoada com o prémio da Casa da Imprensa, tendo, a partir de então, publicado uma série de obras cuja temática é sobretudo a desigualdade social, as más condições de vida dos trabalhadores emigrantes e o exílio.

As marcas do exílio estão bem patentes na sua obra e foram muito bem salientadas por Eduardo Lourenço no texto “Marcas do exílio na Obra de José Rodrigues Miguéis”, que aparece como posfácio na 3ª edição de Gente da Terceira Classe.

Entre as várias obras de Rodrigues Miguéis, vamos ocupar-nos de Um Homem sorri à morte – com meia cara (1) que foca o caso pessoal do Autor, na sua qualidade de imigrante nos Estados Unidos da América, quando sofre um problema na cabeça (aparece-lhe uma infecção do “ângulo ponto-cerebeloso”) e é internado num hospital público de Nova York. Um Homem sorri à morte – com meia cara é, assim, o resultado de vivências de um tempo difícil e crítico na vida de Rodrigues Miguéis, em 1945.

Anteriormente, porém, tinha tido um outro período de doença, que aparece focado no início da obra, e que se reporta ao Inverno de 1943-44, em que também esteve internado no hospital, primeiro por uma “peritonite extensiva”, depois, após a operação, porque ficou muito tempo “no rol dos doentes em estado melindroso” por diversas complicações que surgiram, tendo, contudo, melhorado e regressado a casa em Março.

“No Outono de 1945, ano e meio depois da peritonite”, surgiu-lhe um problema muito mais grave, e é dele que se ocupa na obra. Começou com graves perturbações na cabeça, primeiro por algo que lhe pareceu “uma martelada interna no crânio”, depois teve alterações do sono, perdas de energia, alterações da visão, irritabilidade, dores de cabeça, etc. e por fim uma paralisia facial do lado esquerdo. Acabou por ser internado, tendo a certa altura ficado entre a vida e a morte, chegando mesmo, num momento de desânimo, a questionar:

“Porque é que eles não nos deixam morrer em paz? Para que prolongam isto?”

Aqui poderíamos levantar uma questão cheia de actualidade, que é a da eutanásia, geralmente considerada como a morte provocada no doente que sofre de uma doença crónica, incurável, com o consentimento do próprio doente, para acabar com o sofrimento e a falta de qualidade de vida.

font-weight:normal'>A obra Um Homem sorri à morte – com meia cara foi publicada pela primeira vez em Fevereiro de 1959 e, na edição que utilizámos, logo a seguir ao título, apresenta uma informação de carácter genológico – “narrativa”.

font-weight:normal'>No texto com que se inicia a obra, assinado por José Rodrigues Miguéis, levantam-se uma série de questões, a primeira das quais se prende com o facto de, neste paratexto, o autor explicar o que vem a seguir e por isso (ainda que sem qualquer indicação como “Nota prévia”, “Prefácio”, “Prólogo”, “Preâmbulo” ou outra do mesmo teor explicativo),  o consideramos um prefácio autógrafo. Trata-se de um texto introdutório, escrito pelo próprio autor, de apresentação do texto literário.

font-weight:normal'>Nesta intervenção metatextual do Autor, encontramos algumas informações importantes sobre a obra. Rodrigues Miguéis começa por falar do conteúdo do livro como “páginas de memória de um tempo de crise”, um período de grave doença que o levou a perder grande parte das suas faculdades, estando longo tempo internado num hospital em Nova York, tendo no entanto conseguido vencer a doença, quase a morte, e ainda ser capaz de passar para o papel o que experienciou, escrevendo uma obra sobre esse tempo de crise e de doença, os progressos lentos, as dificuldades, os momentos de ânimo e também de desânimo, as palavras amigas, a força interior para lutar contra a morte.

font-weight:normal'>Posteriormente, algo de semelhante aconteceu com José Cardoso Pires que, na sua obra De Profundis Valsa Lenta, dá a conhecer ao leitor um tempo de perda de capacidades, mas também de luta pela vida.

font-weight:normal'>Rodrigues Miguéis, sabendo que se trata de uma experiência pessoal dolorosa, questiona:

font-weight:normal'> “até que ponto pode um escritor falar das suas experiências pessoais sem incorrer na pecha de subjectivismo e sem ser indiscreto a respeito de si próprio? Será possível, nesta época e num meio como o nosso, avesso por tradição e preconceito à literatura de confissões (...) usar da franqueza de um Rousseau, de um Stendhal, de uma Bashkirtseva (...)?”

font-weight:normal'>Mas a explicação que supera essa preocupação vem a seguir, justificando que não é do autor que se trata, essencialmente (já que isso interessaria apenas a ele próprio), trata-se daquilo que, pertencendo ao autor, resultando da sua experiência pessoal, é comum e comunicável aos outros, podendo mesmo ser-lhes útil como exemplo e lição, já que, como refere Rodrigues Miguéis:

font-weight:normal'> “Estas não são confissões de egotismo, nem de actos ou pensamentos secretos, nem sondagens do «eu odioso», mas um caso humano narrado em primeira mão pela sua mais próxima testemunha, com a objectividade de um romance, e pretexto para agitar certos problemas tão gerais como a inquietação da doença e da morte, ou a atitude do indivíduo perante o sofrimento físico e o destino pessoal.”

font-weight:normal'>Está aqui feita a transposição do particular para o geral, do pessoal para o social, do individual para o universal, existindo, pois, um intuito pedagógico, já que se pretende que outros possam aprender algo através do relato do sucedido no seu caso particular, até porque, como é referido no texto, “há sempre alguém que sofre mais do que nós, e no entanto vive”.

font-weight:normal'>Para além da explicação acerca da génese da obra, encontramos ainda uma referência às pessoas para quem a escreveu – foi sobretudo para os hipocondríacos, os aterrados com as doenças, os obcecados do fim e também para os médicos que queiram saber como são vistos pelos seus doentes, alguns deles perto da morte, chegando, em certas alturas, a desejá-la.

font-weight:normal'>Quanto à questão da eutanásia,  a que aludimos anteriormente, ela é abordada de forma muito subtil na obra, já que o narrador, enquanto doente, manifesta a vontade de que o deixem morrer em paz  e não lhe prolonguem o sofrimento. Note-se que, se tal acontecesse e não tivessem sido feitos esforços no sentido de o curar, teria realmente morrido. Tal não aconteceu e ainda pôde continuar a sua actividade de escritor, que aliás prosseguiu durante mais cerca de trinta e cinco anos, uma vez que faleceu em Nova York em 27 de Outubro de 1980.

font-weight:normal'>A ironia com que é encarada a morte (com um sorriso, ainda que apenas com meia cara, porque a outra meia se encontra paralisada), aparece explicada e como que desculpada através da comparação com as mulheres e os judeus:

font-weight:normal'>“Se, ao traçar alguns destes episódios, roço aqui além pela ironia, é sempre com profundo respeito e comovida gratidão que me refiro aos autênticos apóstolos da medicina que tenho conhecido. Os erros são de todos nós, humanos, e não seria de esperar que deles estivessem isentos os homens de bata branca. Nem de longe tentei reincidir na sátira de que há milénios eles têm sido alvo. Pode-se dizer dos médicos o mesmo que das mulheres e dos judeus: crivados, eles e elas, de epigramas e ataques, a humanidade não saberia nem poderia viver sem a sua presença.”

font-weight:normal'>Surgem ainda expressas as preocupações que nortearam o trabalho de escrita desta obra:

font-weight:normal'> “Procurei pintar um ambiente real: o dos hospitais numa grande metrópole moderna onde a dor e a brutalidade, a doçura e o humor, e em particular a devoção dos médicos e das enfermeiras põem traços de tragédia e de epopeia, diante das quais o tema pessoal se apaga e some.”

font-weight:normal'>E, considerando que José Rodrigues Miguéis teve à sua disposição uma enorme quantidade de material de escrita que a experiência vivida lhe proporcionou, aproveitou-o, já que o que interessa ao escritor, por ele considerado um “subjectivador do objectivo”, “é recriar para os leitores o quadro das experiências de que foi centro, dando-lhe a ilusão, porventura instrutiva, de serem eles os actores do drama.”

font-weight:normal'>José Rodrigues Miguéis questiona:

font-weight:normal'>“Não se escrevem porventura memórias de guerra, de masmorras e campos de concentração? E não será também saudável mostrar em que lamas o homem se arrasta ou mergulha por vezes, para delas se erguer e libertar, purificado?

font-weight:normal'>A importância de, através da literatura, conseguir a purificação interior, em suma, de utilizar a literatura com uma função catártica, surge também na obra O Espelho Poliédrico (2). Numa “Nota do Autor” aí incluída, Miguéis alude à obra como sendo um conjunto de crónicas – memórias, comentários e ficções, que foram na sua maioria publicadas entre 1968 e 1971, sob o mesmo título geral, no Diário de Lisboa e por isso há na obra um “carácter «evolutivo» das crónicas”, que confere ao livro um carácter desigual, desculpando-se que também é desigual o seu autor e a vida. Considera que o livro “oferece algumas facetas curiosas duma época ainda não de todo ausente da actualidade” e muito mais o Autor teria a contar, “mas nem tudo se pode ou nos é consentido dizer”. Todavia Rodrigues Miguéis vai mais longe e, conhecendo o pacto de ficcionalidade que se estabelece entre o autor e o leitor, refere:

font-weight:normal'>“quando o escritor se sente deslizar para certos domínios da experiência pessoal ou da subjectividade, é preferível que ele se refugie na sagrada ficção”.

font-weight:normal'>Esta observação final é muito sugestiva porque deixa transparecer a ideia de que através do manto da ficção se pode dizer toda a verdade, o que nos permite estabelecer uma relação com o que Vergílio Ferreira escreveu na sua Conta-Corrente, onde surge a dialéctica verdade/ficção. Segundo Vergílio Ferreira:

font-weight:normal'>“o literato pode confessar-se em poesia e mesmo no romance, porque tudo isso é «ficção», é a «fingir»; a arte literária desce uma cortina sobre tudo o que se disser. Mas um diário subentende que não há cortina nenhuma. Ora há. A diferença é que na literatura se convencionou a convenção" (3).

font-weight:normal'>É por isso que Vergílio Ferreira acentua a ideia de que a sua verdade não está no diário, pelo contrário, está na ficção, na cortina do imaginário atrás do qual ele se revela a si mesmo, já que o mais é violência exercida sobre si mesmo.

font-weight:normal'>Para Vergílio Ferreira, a arte tem uma função catártica, é algo que purifica o seu íntimo, que o alivia, o liberta das obsessões. Ele próprio declara no seu diário Conta-Corrente:

font-weight:normal'>“Possivelmente a arte tem sido para mim a grande catarse (...) Antes de escrever Manhã Submersa sonhava muito com o seminário, com o desejo e impossibilidade de sair dele. Nunca mais sonhei.” (4)

font-weight:normal'>Quando se escreve uma obra que não seja um diário, porque neste pressupõe-se que há sempre sinceridade e autenticidade, estabelece-se o que Aguiar e Silva designa por convenção estética (5). Segundo este autor:

font-weight:normal'> “o que se apresenta (...) como específico da comunicação literária e a distingue de toda a comunicação linguística, tanto oral como escrita, é o facto de ela se realizar em conformidade com um especial conjunto de regras pragmáticas a que se pode dar o nome de ficcionalidade.”

font-weight:normal'>Aguiar e Silva, retomando Siegfried J. Schmidt, fala da “convenção F font-weight:normal'> (convenção de congruência com os factos)” e da “convenção E font-weight:normal'> (convenção estética)”; a primeira leva o leitor a encarar o texto como veiculador de “asserções sobre objectos e estados de coisas existentes no modelo de realidade aceite por uma sociedade e de que os leitores  podem decidir se tais asserções são verdadeiras e julgar da sua relevância prática. A segunda, a “convenção estética”, que leva a que o que é dito nos textos não seja relacionado “com seres, objectos e estados de coisas empiricamente existentes e aceitando, em contrapartida, convenções, normas e valores que são válidos e pertinentes, num determinado momento histórico, no âmbito da interacção estética.”

font-weight:normal'>Em Um Homem sorri à morte – com meia cara instaura-se a confusão no espírito do leitor, pois à partida este é levado a encarar a obra, como sucede com outras narrativas, de acordo com a “convenção E”, portanto em conformidade com a ficcionalidade, porém, o paratexto inicial, à boa maneira camiliana, coloca a questão de estarmos perante factos autênticos, vividos pelo próprio autor, dado que o texto introdutório, da autoria de José Rodrigues Miguéis, refere como autênticos os factos narrados.

font-weight:normal'>Quando Rodrigues Miguéis explica para quem escreveu o livro, alude a “estas páginas de jornal” (e note-se que essa afirmação é feita no paratexto), deixando antever que o leitor vai encontrar todo um conjunto de características inerentes à escrita diarística, nomeadamente a referencialidade espacial e temporal, a autenticidade e sinceridade dos eventos narrados, a identidade do autor, do narrador e da personagem, o recurso à primeira pessoa, o recurso à memória e a narração de eventos ocorridos no passado recente, intercalando o narrado com o vivido (6).

font-weight:normal'>Se em  Um Homem sorri à morte – com meia cara, encontramos, por um lado, todo um conjunto de aspectos que aproximam o texto de um diário, por outro lado, há aspectos que o afastam do perfil do texto diarístico.

font-weight:normal'>Começamos com o facto de se tratar de um relato em primeira pessoa, feito por um narrador autodiegético, que conta um caso pessoal ocorrido consigo próprio quando tinha quarenta e três anos e faz, ainda no hospital, quarenta e quatro anos, havendo, por conseguinte, coincidência de autor, narrador e personagem.

font-weight:normal'>Tal como sucede no diário e nas memórias, é feito um apelo à memória para reconstituir um tempo passado vivenciado pelo sujeito, ainda que no diário seja um tempo passado mas acabado de transcorrer, enquanto nas memórias se trata de um tempo mais longínquo.

font-weight:normal'>A referencialidade espacial e temporal está presente, mas, ao contrário do que sucede habitualmente, em que aparece no início do texto, aqui surge no final do mesmo: “Lisboa, Novembro de 1957”.

font-weight:normal'>Saliente-se, porém, que, ao contrário do diário, a narração dos factos não é feita num tempo acabado de transcorrer. Não existe uma narração intercalada dos mesmos, isto é, para estarmos perante um diário deveríamos ter registos de factos ocorridos quotidianamente, intercalando a vivência com a narração dos mesmos. Como tal não sucede, estamos perante um texto memorialístico, em que, num momento ulterior, é feita a narração de eventos autobiográficos, ocorridos no passado ainda que não muito distante, relativos ao tempo em que Rodrigues Miguéis sofreu uma infecção do ângulo ponto-cerebeloso”, doença da qual, como nos diz, normalmente não se sai vivo e consciente, mas que acabou por superar e contar aos seus leitores, mostrando-lhes ao mesmo tempo como conseguiu contornar mais este obstáculo da sua vida dura, mesmo quando já não parecia haver esperanças de sobreviver.

font-weight:normal'>Mais do que de “páginas de jornal”, trata-se de páginas de autobiografia, nas quais são relatados factos ocorridos em meados da década de quarenta e que são narrados apenas em 1957, isto é, a uma distância de cerca de doze anos. É por isso que o texto não apresenta o carácter fragmentário que é típico do diário, já que não há interrupções para novas vivências.

font-weight:normal'>O que sucede é que o autor viveu aquele lapso da sua vida, quando esteve internado no “serviço de neurologia dum grande hospital público de Nova York, espécie de vazamento das emergências de um conglomerado de nove ou dez milhões de seres humanos” onde “a morte ronda constantemente, lenta ou fulminante”, e depois contou-o de forma seguida, dando voz a um narrador que, em primeira pessoa, faz o relato dos factos. E se o leitor fosse tentado a pensar que se tratava de ficção, se o leitor colocasse em dúvida a verdade dos eventos narrados, lá estava uma nota a atestar a veracidade do que é contado:

“Nessa noite, que foi de insónia apesar de uma dúzia de aspirinas, concebi eu uma história que, aparentemente, nada tinha que ver com doenças ou  mortes: a dum expatriado que regressa a Portugal ao cabo de vinte anos de ausência, para tentar reintegrar-se.”

font-weight:normal'>No final da última frase encontra-se um asterisco e, em nota de rodapé, aparece escrito: «Regresso à cúpula da Pena», no volume Léah e outras histórias. Cor, Lisboa”, o que remete o leitor para o conto incluído na antologia referida na nota, conferindo, por conseguinte, autenticidade ao relato.

A obra Um Homem sorri à morte – com meia cara é classificada apenas como narrativa, mas, e por tudo o que ficou dito, deverá ter um adjectivo qualificativo junto e aparecer sempre com a designação de narrativa autobiográfica, já que é de um texto autobiográfico que efectivamente se trata, um documento muito humano que pode servir para médicos, enfermeiros se reverem ou não em alguns dos profissionais de saúde que aparecem na obra, mas sobretudo serve para todos os leitores em geral retirarem desta narrativa autobiográfica uma lição de vida.

(1)Um Homem sorri à morte – com meia cara, 2ª edição, Lisboa, Estúdios Cor, 1965.

(2)O Espelho Poliédrico, 2ª edição, Lisboa, Editorial Estampa, 1983.

(3) Conta-Corrente 2, Lisboa, Livraria Bertrand, 1981.

(4) Conta-Corrente 1, 3ª edição, Lisboa, Livraria Bertrand, 1982.

(5) In SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e, Teoria e Metodologia Literárias, Lisboa, Universidade Aberta, 1990.

(6) Acerca da problemática e características do diário, veja-se a nossa obra O Conto no Diário de Miguel Torga, Vila Real, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 1998.

Maria da Assunção Morais Monteiro

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