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Notas de apresentação



Poesia de Vítor Matos e Sá

Vítor Matos e Sá é um daqueles poetas que, apesar da qualidade da sua poesia, não logrou alcançar junto do público leitor o lugar que merece. Este livro, organizado por Ana Paula Coutinho Mendes e publicado na colecção Obras Clássicas da Literatura Portuguesa financianada pelo Ministério da Cultura, é sem dúvida um dos melhores contributos para realçar a importância deste poeta no âmbito da poesia do século XX.

O presente volume, com um prefácio de Ana Paula Coutinho Mendes, reedita toda a produção poética do autor, destacando-se os três livros publicados em vida (O Horizonte dos Dias (1952), O Silêncio e o Tempo (1956) e O Amor Vigilante (1962)), o livro póstumo Companhia Violenta (1980) e numerosos esparsos e inéditos.

Vítor Matos e Sá: Poesia de Vítor Matos e Sá, Porto, Campo das Letras, 2000. Edição de Ana Paula Coutinho Mendes.


Húmus de Raul Brandão

Quem pretender estudar a história da ficção protuguesa do século XX, não poderá ignorar Húmus de Raul Brandão, obra emblemática que influenciou, desde 1917, alguns dos mais importantes romancistas portugueses. Esta obra é publicada agora em três volumes na colecção Obras Clássicas da Literatura Portuguesa financianada pelo Ministério da Cultura. O volume I contempla a 1ª edição fac-similada (Renascença Portuguesa, 1917), o volume II a 2ª edição fac-similada (Renascença Portuguesa, 1921) e o volume III a edição crítica organizada por Maria João Reynaud com uma introdução da mesma autora.

Raul Brandão: Húmus, Porto, Campo das Letras, 3 vols., 1ª ed. facsimilada, 2ª ed. facsimilada e ed. crítica de Maria João Reynaud, 2000.


As Palavras de António Ramos Rosa

A poesia de António Ramos Rosa, construída sem o recurso muitas vezes exasperante da máxima de Horácio (inutilia truncat), parece à primeira leitura dever mais à inspiração do que ao aturado e quase sempre monótono labor de artesão. António Ramos Rosa dá a impressão ao leitor, e este novo livro, sugestivamente intitulado As Palavras, é um exemplo acabado disso, de que o seu fluir poético é tão natural como a facilidade de um sorriso.

O autor reflecte neste novo livro acerca da função das palavras na poesia e em cada poema procura dar resposta à pergunta que ele próprio coloca: «Quem sabe onde nos conduz a ténue linha / que começamos a traçar entre a ingenuidade e a dúvida / mas talvez pressintamos a integridade branca / de um indivisível corpo que nos foge adiante // Às vezes como uma lâmpada fragrante / uma palavra exala um aroma de lua / ou uma frase cintila como uma constelação frágil».

António Ramos Rosa: As Palavras, Porto, Campo das Letras, 2001.


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