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Notas de apresentação


Afectos de Alma de Judite Jorge

«Uma mulher houve. Maria. Cedo partiu, no princípio do século XX, da ilha do Pico para os Estados Unidos, onde a esperava uma vida árdua e solitária. Em oitenta e quatro anos de vida, só uma vez, por um curto período de férias, voltou aos Açores. Mas isso foi bastante tempo antes de eu nascer, de modo que nunca a conheci. O seu nome, no entanto, baila-me na memória desde os tempos mais remotos. A sua lenda acompanha-me desde sempre como um conto de embalar. Há muito sonhava poder escrever a sua história. Ou melhor, uma história inspirada na sua história.» (da contracapa)

Judite Jorge, Afectos de Alma, romance, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2001.


O Terceiro Servo de Joel Neto

Em O Terceiro Servo, o texto bíblico «a parábola dos talentos», é o mote condutor que confere desde logo certa estranheza. Miguel, açoriano nascido no ano da Revolução de Abril, trabalha no continente como jornalista. Casualmente é supreendido pela notícia do assassínio de Herculano Cota, com quem se relacionara durante os anos da adolescência. Esta circunstância decide-o a deslocar-se à Terceira, sob o pretexto de investigar a morte do amigo. O regresso, no entanto, depressa revela a verdadeira motivação de Miguel. A urgência de fazer um balanço entre o adolescente ilhéu que foi e o adulto e profissional da grande cidade onde vive agora. E é esse balanço, esse revisitar do passado que vai dando contornos à história, naquele mondo fechado sobre os seus mistérios e escândalos, constantemente velado pelo elemento líquido mas assente num solo em que a irrupção das forças naturais está sempre iminente. (da contracapa)

Joel Neto, O Terceiro Servo, ficção, Lisboa, Editorial Presença, 2000.


Sobre os Rios de Babilónia de António Borges Coelho

Sobre os Rios de Babilónia é mais um texto dramático que procura retratar o período da perseguição aos cristão novos em Portugal. A acção, dividida em dois actos, decorre em Lisboa, na primeira metade do século XVII. O texto incorpora dizeres de vários autores seiscentistas, de que se destacam o Padre António Vieira e Manuel Fernandes Vila Real, escritor queimado no Terreiro do Paço.

António Borges Coelho, Sobre os Rios de Babilónia, teatro, Porto, Campo das letras, 2001.


Obra Literária de José Anastácio da Cunha (vol. I)

A nova edição da obra literária de José Anastácio da Cunha (1744-1787), inserida na colecção Obras Clássicas da Literatura Portuguesa – Século XVIII, reúne não só o corpus das edições anteriores, mas também textos que permenaceram inéditos ou andavam dispersos. O presente volume contém uma introdução à vida e obra do autor, assim como as composições em verso da sua autoria.

José Anastácio da Cunha, Obra Literária, Vol. I: Poesia, Porto, Campo das Letras, 2001. Edição de Maria Luísa Malato Borralho e Cristina Alexandra de Marinho


Que Fixe! Outra Aventura de Manelinho Caixadóculos de Elvira Lindo

«Desde que foi criado em 1994, Manelinho Caixadóculos passou a ser um parceiro de muitos miúdos e de alguns adultos, inicialmente em Espanha e agora por toda a Europa.»

«Nos livros anteriores, Manelinho contou-nos parte da sua vida. Agora volta com mais entusiasmo, se isso é possível, pois está de férias e, para Manelinho Caixadóculos, o Verão é muito fixe. Mas como todas as coisas boas acabam, chegará Setembro e o novo ano lectivo e... Alucinem! O seu irmão vai para a escola! Manelinho tentará ajudar a professora do Imbecil na sua difícil educação. Não se vai importar porque... ela é tão bonita!» (da contracapa)

Elvira Lindo, Que Fixe! Outra Aventura de Manelinho Caixadóculos, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2001. Tradução do castelhano de M. F. Campo. Ilustrações de Emilio Urberuaga.


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