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Notas de apresentação


Cores, Forma, Luz, Movimento: A Poesia de Cesário Verde de Jorge Luiz Antonio

Edição de Musa Editora  e FAPESP, texto de orelha de Irene Machado, prefácio de E. M. de Melo e Castro, capa de Daniel Barone e Musa Editora a partir de infopoesia do autor, 353 páginas, com ilustrações.

"De todas as maneiras que lemos Cesário Verde, a imagem visual salta-nos aos olhos nas poesias e até nas cartas. A grande maioria dos seus textos parece apresentar um olho que analisa a realidade em todas as direções, de todas as formas possíveis, com todos os órgãos dos sentidos, abrangendo os mais diferentes significados." (p.16)

Semelham-se a gaiolas, com viveiros,

As edificações somente emadeiradas:

Como morcegos, ao cair das badaladas,

Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros (p. 257)

Jorge Luiz Antonio é autor de Almeida Júnior através dos tempos (1983), tem vários artigos em revistas nacionais e internacionais, eletrônicas e impressas, desenvolve doutorado sobre poesia digital no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica na PUC SP, é professor universitário, pesquisador, poeta, e elabora uma pesquisa sob o título de Brazilian Digital Art and Poetry on the Web (http://www.vispo.com/misc/BrazilianDigitalPoetry.htm). Em sua dissertação de mestrado, desenvolveu um estudo com base na obra do poeta português José Joaquim Cesário Verde (1855-1886), procurando aproximar poesia e pintura realistas impressionistas. Inúmeras revisões levaram o autor ao livro Cores, forma, luz, movimento: a poesia de Cesário Verde, que ora é lançado pela Musa Editora e FAPESP.

De que forma podemos perceber que uma poesia traz procedimentos de composição que se assemelham com a pintura?

Cores, forma, luz, movimento: a poesia de Cesário Verde é o estudo da linguagem poética de O Livro de Cesário Verde, com o objetivo de estabelecer as relações entre a poesia e a pintura realista impressionista. Mais do que uma dissertação de mestrado, o livro oferece ao leitor uma biografia resumida do poeta, fortuna crítica vasta, uma síntese do estudo da relação entre a poesia e a pintura de um modo geral, para focar a poesia que se mostra como pintura realista impressionista.

Além de fornecer uma bibliografia extensa e atualizada de, sobre e para Cesário Verde (poesias em sua homenagem), o leitor poderá apreciar boa parte da obra do poeta português que foi considerado, para Fernando Pessoa, como um dos três mestres da Modernidade Portuguesa, ao lado de Antero de Quental e de Camilo Pessanha.

Além de poder conhecer uma abordagem teórica sobre a relação entre a poesia e a pintura de um modo geral, o leitor poderá ler um percurso histórico pela poesia portuguesa sob o ponto de vista da visualidade, para chegar ao conceito de poesia-pintura, que vai ser o ponto de partida para a análise de poemas como Cristalizações, O Sentimento Dum Ocidental, Manhãs Brumosas, e Contrariedades.

A obra destina-se a professores e estudantes (graduandos e pós-graduandos) de Letras, Artes e Semiótica, e leitores de estudos sobre poesia.


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