Letras & Letras

Notas de apresentação


Oríon, de Mário Cláudio

«Através do mágico destino de sete crianças judias, deportadas pelo rei João II de Portugal para o arquipélago de São Tomé e Príncipe, é a aventura do homem diante da Criação que se narra aqui. Abel, contador destas histórias, regista além da sua seis crónicas de maravilha, a de Raquel, a realizadora de feitiços, a de Débora, a dona de bordel, a de Caim, o senhor da traição, a de Benjamim, o menino deus, a de Séfora, a proprietária de engenho, a de Jairo, o traficante de escravos. E em todos estes relatos se pressente o sobressalto do diálogo com o poder, igual em vários lugares e em vários tempos, a manha e a coragem de que se tece, a agrura e a exaltação que dele resultam.» (Da contracapa)

Mário Cláudio, Oríon, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2003 (ficção).


Contos do Minho, de AA.VV.

«Vinte contistas, minhotos de nascimento e em plena actividade. Critério que poderá não ser o mais abrangente e consensual, mas que foi o nosso. Com maior ou menor visibilidade e consagração, com a experiência da provectividade ou a generosidade dos verdes anos, entendemos levar ao conhecimento do público, com esta colectânea, o espectro de pujança da nossa ficção actual.

São vinte contos, dezoito deles inéditos. Mais tradicionalistas uns, mais inovadores outros, todos incidindo sobre a nossa realidade ou a nossa mais profunda e inconfundível identidade.

Temos a consciência de que não esgotámos a temática nem o elenco dos seus intérpretes. Ousámos, apenas, um começo...» (Da contracapa)

AA.VV., Contos do Minho (Colectânea de Contistas Minhotos), Póvoa de Lanhoso, Editorial Ave Rara, 2003 (ficção).


Espiritualidade Poética de Teixeira de Pascoaes, de Armindo Teixeira Mesquita

«Armindo Teixeira Mesquita, professor de literatura na Universi­dade de Trás-os-Montes e Alto Douro, foi um daqueles que descobri­ram, com encantamento, a riqueza da obra pascoaesiana. No livro que agora edita, procurou fazer alguma exploração de uma das suas valências mais relevantes: a da tensão mística e, consequentemente, da sua espiritualidade.

(...) Um dos méritos deste livro reside na tentativa de encontrar o sentido essencial de cada um dos livros de poemas do período nele estudado.

(...) No seu conjunto, versando embora um tema específico – a espiritualidade poética –, pode considerar-se este livro como uma interessante iniciação à obra poética de Teixeira de Pascoaes, em re­ferência à fase que vai até 1912. E constitui, sem dúvida, mais uma contribuição para o conhecimento da obra de um dos maiores vultos da nossa história literária.» Jorge Coutinho (Do Prefácio)

Armindo Teixeira Mesquita, Espiritualidade Poética de Teixeira de Pascoaes, Guimarães, Editora Cidade Berço, 2001 (ensaio).


Artur e a Palavra Mágica, de Paula Tito

«De onde vêm as palavras, de que são feitas as histórias? Como saber para onde nos levam as palavras que usamos todos os dias, em que histórias entram, como as modificam?

Artur é um criador de histórias que não sabe ainda como as contar, um menino a quem as palavras metem medo mas que tem por elas um fascínio que ele próprio não sabe explicar.

Na busca das palavras e do seu lugar nas histórias, Artur acabará por conhecer as palavras que fazem parte da sua vida, por descobrir a sua própria história e alguma coisa dê muito mais precioso...» (Da contracapa)

Paula Tito, Artur e a Palavra Mágica, Porto, Campo das Letras, 2002 (literatura infanto-juvenil).


Uma Deusa na Bruma, de João Aguiar

Em meados do século II a. C. as gentes de Entre-Douro-e-Minho viviam, com razoável inconsciência, os derradeiros anos da sua civilização. No Leste e no Sul da Península Ibérica, a República Romana já se implantara e as suas legiões procuravam alargar esse domínio, mas no Noroeste a ameaça parecia longínqua, tanto mais que os Numantinos e os Lusitanos mostravam ser um formidável obstáculo ao avanço romano, sobretudo a partir do momento em que um certo guerreiro, chamado Viriato, assumira a chefia da resistência lusitana.

Mas, de súbito, estes obstáculos caem: Numância submete-se, ainda que temporariamente, e Viriato é morto à traição. E o procônsul Décimo Júnio Bruto marcha para Norte, passa o Tejo, entra na Lusitânia e aproxima-se das margens do Douro…

É este o cenário histórico de Uma Deusa na Bruma, cuja acção é contemporânea da de um outro romance do autor: A Voz dos Deuses, mas centrada, agora, na Cividade de Terroso (Póvoa de Varzim), procurando evocar o que seria a civilização castreja na fase imediatamente anterior à romanização.

João Aguiar, Uma Deusa na Bruma, Porto, Edições Asa, 2003 (literatura romance).


Voltar à página inicial das Notas de Apresentação

Colaboradores | Coordenação | Contactos | © 1997-2015 Letras & Letras