José Agostinho de Macedo

José Agostinho de Macedo (11/09/1761-02/10/1831) nasceu em Beja e faleceu em Lisboa. Professou em 1778 na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, sendo expulso da Ordem quatro anos depois, por os superiores o considerarem «contumaz e incorrigível». Foi várias vezes acusado e condenado pela Justiça por desmandos e roubos. Tendo conseguido a despensa dos votos monásticos, tornou-se pregador, alcançando os seus sermões grande notoriedade na época. Tornou-se membro da Nova Arcádia, entrando em quezílias com Bocage. Fez parte também da Arcádia de Roma, onde adoptou o pseudónimo de Elmiro Tangideu. Era inimigo figadal da Revolução Francesa e odiava Voltaire e Napoleão. Toda a sua luta esteve centrada na denúncia dos jacobinos, ou pedreiros-livres. Quase todas as suas obras reflectem essa luta. Ficaram célebres as polémicas que teve com Bocage e com Almeida Garrett.

Obras: Sermão contra o Filosofismo do Século XIX (1811), Motim Literário em Forma de Solilóquios (4 vols., crítica literária, 1811), A Meditação (poesia filosófica, 1813), Newton (poema em 4 cantos, 1813; refundido e aumentado na posterior Viagem Extática ao Templo da Sabedoria, 1830), O Oriente (2 vols., 1814), Cartas Filosóficas a Ático (1815), A Tripa Virada, Tripa por uma Vez, O Desaprovador, Henriqueida (poema épico em 12 cantos), Os Burros (sátira, 1827), Sermão de Acção de Graças para Restabelecimento da Monarquia Independente (1823), A Besta Esfolada (1828-1829), O Desengano (1830-1831).

Outras páginas sobre o autor:

  • José Agostinho de Macedo segundo Oliveira Martins

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