Vítor Ramos Rosa nasceu em Faro no dia 17 de Outubro de 1924. Fez estudos secundários, trabalhando como empregado de escritório, correspondente comercial, professor e tradutor. Nos anos 50, radica-se em Lisboa, vindo a ser diretor das revistas literárias Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia, tornando-se conhecido como ensaísta e crítico literário. A partir de 1958, com a publicação do livro Grito Claro, torna-se conhecido como poeta. São fundamentais na sua obra poética os temas da terra, da água, do fogo e do ar. Em 1976 recebeu o prémio de tradução da Fondation de Hautvilliers e em 1988 foi-lhe atribuído o Prémio Fernando Pessoa.
Obras: O Grito Claro (1958); Viagem Através duma Nebulosa (1960); Voz Inicial (1961); Sobre o Rosto da Terra (1961); Poesia, Liberdade Livre (ensaio, 1962); Ocupação do Espaço (1963); Terrear (1964); Estou Vivo e Escrevo Sol (1966); A Construção do Corpo (1969); Nos Seus Olhos de Silêncio (1970); A Pedra Nua (1972); Não Posso Adiar o Coração (vol. I da Obra Poética, (1974); Animal Olhar (vol. II da Obra Poética, 1975); Respirar a Sombra (vol. III da Obra Poética, 1975); Ciclo do Cavalo (1975); Boca Incompleta (1977); A Imagem (1977); As Marcas no Deserto (1978); A Nuvem Sobre a Página (1978); Figurações (1979); Círculo Aberto (1979); O Incêndio dos Aspectos (1980); Declives (1980); Le Domaine Enchanté (1980); Figura: Fragmentos (1980); As Marcas do Deserto (1980); A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (ensaios, 1979 e 1980); O Centro na Distância (1981); O Incerto Exato (1982); Quando o Inexorável (1983); Gravitações (1983); Dinâmica Subtil (1984); Ficção (1985); Mediadoras (1985); Volante Verde (1986); Vinte Poemas para Albano Martins (1986); Clareiras (1986); No Calcanhar do Vento (1987); Incisões Oblíquas (ensaio, 1987); O Livro da Ignorância (1988); O Deus Nu(lo) (1988); Três Lições Materiais (1989); Acordes (1989); Duas Águas, Um Rio (em colaboração com Casimiro de Brito, 1989); O Não e o Sim (1990); Facilidade do Ar (1990); Estrias (1990); A Rosa Esquerda (1991); Oásis Branco (1991); A Parede Azul (1991); Pólen Silêncio (1992); As Armas Imprecisas (1992); Clamores (1992); Dezassete Poemas (1992); Lâmpadas Com Alguns Insetos (1993); O Teu Rosto (1994); O Navio da Matéria (1994); Três (1995); Delta (1996); Figuras Solares (1996); A Imobilidade Fulminante (1998); As Palavras (2001); Deambulações Oblíquas (2001); Pátria Soberana seguido de Nova Ficção (2001); O Alvor do Mundo (2002); Meditações Metapoéticas (2003); Os Animais do Sol e da Sombra seguido de O Corpo Inicial (2003); O Poeta na Rua: Antologia Portátil de António Ramos Rosa (2004); Passagens (2005); Génese Seguido de Constelações (2005); Bichos Instantâneo (2005); O Aprendiz Secreto (2005); Voz Consonante: Traduções de Poesia (2006); Poemas da Resistência (2006); Prosas Seguidas de Diálogos (2011); Em Torno do Imponderável (2012).
Bibliografia: Casimiro de Brito, Vagabundagem na Poesia de António Ramos Rosa, Quasi Edições, 2001; Ana Paula C. Mendes, Mediação Crítica e Criação Poética em António Ramos Rosa, Quasi Edições, 2003; Paula Cristina Costa, António Ramos Rosa, Um Poeta In Fábula, Quasi Edições, 2006.
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