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Luís de Sttau Monteiro


Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro nasceu em Lisboa a 3 de abril 1926 e faleceu a 23 de julho de 1993 na mesma cidade. Partiu para Londres com dez anos de idade, acompanhando o pai que exercia as funções de embaixador de Portugal. Regressa a Portugal em 1943, no momento em que o pai é demitido do cargo por Salazar. Licenciou-se em Direito em Lisboa, exercendo a advocacia por pouco tempo. Parte novamente para Londres, tornando-se condutor de Fórmula 2. Regressa a Portugal e colabora em várias publicações, destacando-se a revista Almanaque e o suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa, e cria a secção "Guidinha" no mesmo jornal. Em 1961, publicou a peça de teatro Felizmente Há Luar, que se baseia na figura de Gomes Freire de Andrade, enforcado após a revolta liberal de 1817. A obra foi distinguida com o Grande Prémio de Teatro, tendo sido proibida pela censura a sua representação. Só viria a ser representada em 1978 no Teatro Nacional. Foram vendidos 160 mil exemplares da peça, resultando num êxito estrondoso. Foi preso em 1967 pela Pide após a publicação das peças de teatro A Guerra Santa e A Estátua, sátiras que criticavam a ditadura e a guerra colonial. Em 1971, com Artur Ramos, adaptou ao teatro o romance de Eça de Queirós A Relíquia, representada no Teatro Maria Matos. Escreveu o romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão, adaptada como novela televisiva em 1982 com o título Chuva na Areia.

Obras: Ficção – Um Homem não Chora (romance, 1960); Angústia para o Jantar (romance, 1961); A mulher que queria o fim do mundo (1965); E se for Rapariga Chama-se Custódia (novela, 1966). Teatro – Felizmente Há Luar (1961); Todos os Anos, pela Primavera (1963); Auto da Barca do Motor fora da Borda (1966); A Guerra Santa (1967); A Estátua (1967); As Mãos de Abraão Zacut (1968); Sua Excelência (1971); Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes (1980).



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