Passos da noite Ao romper do dia Quantos se ouviram Marchando a par Batem à porta Da hospedaria Se for o vento Manda-o entrar Vejo uma espada De sombra esguia Se for o vento Que venha só Quem está lá fora Traz companhia Botas cardadas Levantam pó Venho de longe Sem luz nem guia Sou estrangeiro Não sou ninguém |
Na flor queimada Na cinza fria Nunca se passa Uma noite bem Foge estrangeiro Da morte escura Pega nas armas Vem batalhar E enquanto a lua Não se habitua Dorme ao relento Até eu voltar Há muito tempo Que te não via (Um anjo negro Me vem tentar) Batem a porta Da hospedaria É aqui mesmo Que eu vou ficar |