Junto
ao Castelo levantam-se mais de cinquenta espigueiros dos séc. XVIII e XIX, num
aglomerado impressionante e único no país. Inteiramente de pedra, cada exemplar
apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou
mesas. Sobre elas repousa o canastro, formado de balaustros entre si separados
por fendas de ventilação.
Como cobertura duas lajes de granito unidas em ângulo obtuso - ornamentados
nos vértices de cruzes protectoras e símbolos de Salomão. Este tipo de
espigueiros também existe em Parada e Cidadelhe, onde existem outros notáveis
conjuntos embora em número consideravelmente menor, em Cidadelhe existe ainda um
espigueiro com dois andares. Nestes lugares abundam ainda magnificas casas sete
e oitocentistas, das mais interessantes que a arquitectura popular do Minho tem.
Devido à introdução da cultura do milho (grosso), durante o séc. XVII,
rapidamente absorvida e integrada no quadro socio-económico tradicional, foi
necessária a construção de espigueiros e canastros.
A função dos espigueiros é para a secagem de cereais, mais concretamente o
milho.
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