João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799-1854) nasceu no Porto. Em 1809 partiu para a ilha Terceira por causa das invasões francesas. Aí recebe de um tio, bispo de Angra do Heroísmo, uma educação religiosa e clássica. Matricula-se no curso de Direito em Coimbra e adere às ideias liberais e começa a escrever algumas peças de teatro. Com a Vila-Francada, exila-se em Inglaterra, onde contacta com a literatura romântica (Byron e Walter Scott). Em 1825 publica em Paris Camões, obra marcante para o Romantismo português. Após a guerra civil, é nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estuda a língua e a literatura alemãs (Herder, Schiller e Goethe). Regressa a Portugal em 1836 e Passos Manuel encarrega-o de reorganizar o teatro nacional, nomeando-o inspector dos teatros. Publica várias peças de teatro: Um Auto de Gil Vicente (1838), O Alfageme de Santarém (1841), Frei Luís de Sousa (1843), Falar Verdade a Mentir (1845), entre outras. Publica os romances Arco de Santana (1845) e Viagens na Minha Terra (1846), assim como os livros de poemas Flores sem Fruto (1845) e Folhas Caídas (1853). Morre a 9 de Dezembro de 1854 em Lisboa.
Outros links sobre Almeida Garrett:
No Projecto Vercial:
CRONOLOGIA DE ALMEIDA GARRETT
1799 Almeida Garrett nasce no Porto.
1809 Parte para a ilha Terceira por causa das invasões francesas. Aí recebe de um tio, bispo de Angra do Heroísmo, uma educação religiosa e clássica.
1816 Matricula-se no curso de Direito em Coimbra. Adere às ideias liberais e começa a escrever algumas peças de teatro.
1820 Escreve a tragédia Catão, representada em Lisboa no ano seguinte.
1821 Já formado, casa com Luísa Midosi e publica o Retrato de Vénus, que lhe valeu um processo judicial e um julgamento de que foi absolvido.
1823 Com a Vila-Francada, exila-se em Inglaterra, onde contacta com a literatura romântica (Byron e Walter Scott).
1824 Parte para o Havre, em França, como correspondente.
1825 Publica em Paris Camões.
1826 Publica ainda em Paris D. Branca. Regressa a Portugal após a outorga da Carta Constitucional, dedicando-se ao jornalismo político.
1828 Exila-se de novo em Inglaterra devido à aclamação de D. Miguel.
1830 Inicia a compilação do Romanceiro.
1832 Integra-se no exército liberal de D. Pedro IV, desembarca no Mindelo e participa no cerco do Porto, escrevendo aí a primeira pare do Arco de Santana.
1834 Após a guerra civil, Almeida Garrett é nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estuda a língua e a literatura alemãs (Herder, Schiller e Goethe).
1836 Regressa a Portugal e separa-se de Luísa Midosi, que em Bruxelas o teria traído. Passos Manuel encarrega-o de reorganizar o teatro nacional, nomeando-o inspector dos teatros.
1837 Perde o cargo de inspector dos teatros por demissão de Passos Manuel. Apaixona-se por Adelaide Deville, que morrerá em 1841 e de quem terá uma filha, Maria Adelaide.
1838 Publica Um Auto de Gil Vicente.
1841 Publica O Alfageme de Santarém.
1842 Costa Cabral instaura um governo de ditadura, contra o qual Garrett luta na oposição parlamentar.
1843 Escreve o drama Frei Luís de Sousa que será publicado no ano seguinte. Começa também a escrever o romance Viagens na Minha Terra, que publica em folhetins na Revista Universal Lisbonense.
1845 Publica o romance Arco de Santana e a colectânea de poemas Flores sem Fruto. Inicia-se a paixão por Rosa Montufar, a Viscondessa da Luz.
1846 É publicado em dois volumes o romance Viagens na Minha Terra.
1850 É representado no Teatro Nacional o drama Frei Luís de Sousa.
1851 É nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros e recebe o título de Visconde e Par do reino. Conclui a compilação do Romanceiro.
1853 Publica Folhas Caídas, colectânea poética que causou escândalo na época.
1854 Almeida Garrett morre a 9 de Dezembro em Lisboa.