Alexandre Parafita, natural de Sabrosa (Trás-os-Montes) possui o Doutoramento em Cultura Portuguesa pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o Mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior (UBI). Estudou também na Escola Superior de Jornalismo do Porto e na Universidade de Coimbra.
É docente do ensino superior, investigador em áreas do património cultural e jornalista. Lecciona na UTAD e é professor convidado do IPB (Pólo de Mirandela). Como investigador, integra o Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa. Como escritor, é autor de várias dezenas de títulos, e a sua obra incide, fundamentalmente, na literatura infantil e infanto-juvenil e nos estudos do património cultural imaterial. Tem livros publicados nas principais editoras portuguesas. É lido por muitos milhares de crianças e os seus livros têm tido reedições sucessivas.
A sua obra figura em manuais escolares. Vários livros seus são bibliografia obrigatória em Universidades e Institutos Superiores e muitos integram o Plano Nacional de Leitura (PNL).
Os seus trabalhos, como investigador de literatura oral tradicional, permitiram-lhe já resgatar milhares de textos inéditos em risco de se perderem na memória oral do povo. Várias centenas publicou-os já na colecção "Tesouros da Memória" da Plátano Editora e muitos outros nas suas obras A Mitologia dos Mouros e Património Imaterial do Douro (Vols 1 e 2). Sobre este trabalho tem feito intervenções em espaços televisivos: RTP, SIC, TVI, NTV e RTP Internacional.
Da sua bibliografia, são de destacar:
Literatura infantil e infanto-juvenil:
Literatura Oral Tradicional:
Sobre o livro “Ah Trás-os-Montes!” (ed. autor, 1978)
“A poesia de Alexandre Parafita consegue conciliar com gosto as raízes populares com a busca de novas formas (ou metamorfoses) de linguagem”
José Augusto Seabra
(Escritor e Ensaísta)
Sobre o livro “Retalhos deste povo” (ed. Câmara Municipal de Vila Real 1981)
“Trás-os-Montes tem em Alexandre Parafita um prosador que sabe recriar lendas e costumes com uma arte tão atraentemente simples como os lugares que servem de cenário às narrativas e tão austera como as gentes que as povoam”
Altino do Tojal
(Escritor)
Sobre o livro “A lenda da princesa marroquina” (Europress, 1995)
“Poemas escritos de acordo com a melhor tradição dos romanceiros portugueses, num ritmo tão agradável e saboroso que apetecia vê-los musicados. Uma delícia para pais e filhos.”
Ana Maria Magalhães
(Escritora de Lit. Infanto-Juvenil)
Sobre o livro “A princesinha dos bordados de ouro” (Porto Editora, 1996)
“Lê-se com encanto. Parece escutar-se a melopeia de uma história antiga que nos traz a vitória do Amor-Verdade de sempre.”
Matilde Rosa Araújo
(Escritora de Lit. Infantil)
Sobre “A princesinha dos bordados de ouro” e “Chovia ouro no boque” (Porto Editora, 1996):
“Parabéns ao autor pela vocação inegável que tem para contar histórias que fazem bem à alma. Primeiro por serem belissimamente contadas, depois pela delicadeza que revelam e pela capacidade tão rara de se situar, com respeito e ternura, no mundo infantil.”
Isabel Cardigos
(Directora da Revista “Estudos de Literatura Oral)
Sobre o livro “A Comunicação e a Literatura Popular” (Plátano Editora, 1999):
“Um estudo de referência sobre a literatura de tradição oral (...) dada a sua importância para os professores, alunos e outros interessados em ciências da comunicação, literaturas, linguística, semiologia, antropologia cultural e outras disciplinas que com estas façam fronteira”
Vítor Quelhas
(in “Expresso”, 26/7/1999)
“De notar a acentuada ênfase conferida ao objecto principal da pesquisa (os textos orais da tradição), para o qual o autor contribuiu com renovada reflexão, com propostas aprofundadas, e sempre atento a uma intensionalidade pedagógico-didáctica.”
João David Pinto-Correia
(Director do Centro de Tradições Populares Portuguesas da U.L.)
Sobre o livro “O Maravilhoso Popular – Lendas. Contos. Mitos” (Plátano Editora, 2000):
“É uma obra necessária, não só pelo seu valor de testemunho de uma tradição que se vai perdendo – o contar histórias –, substituída que tem sido pelos serões televisivos massificadores e estupidificantes, mas pela capacidade que tem em divertir os leitores”
José Leon Machado
(In “Semanário Transmontano”, 1/12/2000)
“Esta sua obra, consagrada ao maravilhoso e ao fantástico que povoam o imaginário rural de Trás-os-Montes e Alto Douro, veio confirmar a qualidade do seu trabalho de campo relativamente à recolha e ao estudo da literatura oral popular”
Vítor Quelhas
(in “Expresso”, 8/7/2000)
Sobre “Histórias de Natal contadas em verso” (Âncora Editora, 2000):
“Alexandre Parafita, autor de mais de duas dezenas de títulos, é, além de ensaísta, um dos mais estimulantes escritores portugueses para a infância e juventude”
(in “Jornal de Notícias”, 28/11/2000)
“Trata-se de uma obra que procura devolver ao conceito de Natal os valores universais da amizade e da fraternidade, através de personagens como o palhacinho, o menino da rua, o pastorinho, o gaiteiro, os três reis do Oriente, o mendigo, entre outros.”
(in “Expresso on line”, 4/12/2000)
Sobre “Antologia de Contos Populares”, Vol. 1 (Plátano Editora, 2001)
“Um projecto incontestável pela funcionalidade didáctica. Assim seja então: que esta Antologia funcione como partitura, pretexto para resgatar alguns textos dessa extinção que a tantos assusta.”
Ana Paula Guimarães
(Directora do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, in Posfácio)
“Na linha de trabalhos anteriores (A Comunicação e a Literatura Popular e O Maravilhoso Popular), Alexandre Parafita acaba de publicar o primeiro volume de uma obra que poderá impor-se pelo seu pioneirismo no panorama do que tem publicado em Portugal sobre Literatura Popular de Tradição oral. Trata-se da obra Antologia de Contos Populares, cujo 1º Volume apresenta como sub-título Contos Religiosos, Contos Novelescos Contos de Fadas e Contos do Demónio Estúpido (...). Na verdade, esta obra introduz uma prática que não é frequente ver aplicada em publicações de literatura oral tradicional, pelo menos em Portugal. Os contos populares aparecem munidos, todos eles, da respectiva contextualização sociológica, ficando o leitor a saber: quem conta )nome e idade do/a informante), onde conta (aldeia/vila, concelho), quando conta (ano da recolha), para além de incluir as notas respectivas sobre o ambiente etnográfico reproduzido nos contos.”
Armindo Mesquita
(in “Jornal de Letras” , 9/1/2002)
Sobre “Antologia de Contos Populares”, Vol.2 (Plátano Editora, 2002)
“Alexandre Parafita, escritor e investigador, é autor das mais interessantes recolhas feitas nos últimos anos sobre o filão ameaçado mas inextinguível da nossa tradição oral. Antologia de Contos Populares – Contos Jocosos e Divertidos é o segundo volume de uma obra vasta e de incalculável valor, já que nos revela, de forma consistente e profunda, a matéria-prima de que é feito o imaginário português.”
José Jorge Letria
(in Revista “Tempo Livre”, Dezembro/2002)
Sobre “Antologia de Contos Populares”, Vols. 1 e 2 (Plátano Editora, 2001 e 2002):
“Parafita é um dos estudiosos, entre os poucos que em Portugal se dedicam a esta árdua tarefa, que se têm batido pela integridade deste género narrativo (é proposta dele designá-lo, dignificando-o, por “literatura popular de tradição oral”) ainda considerado por muitos como subliteratura, portando prescindível. O que é um conto popular? De resposta aparentemente simples, a questão é, contudo, complexa. Na sua Antologia de Contos Populares A. Parafita procura uma rigorosa e (quase) exaustiva definição de conto popular – entre outros géneros de contos –, prosseguindo uma demanda, agora com instrumentos mais incisivos de análise, de que foram pioneiros Adolfo Coelho e Teófilo Braga.”
Vítor Quelhas
(in “Expresso”, 1/3/2003)
Sobre o livro “Branca Flor, o príncipe e o demónio” (ASA, 2001):
“As Edições ASA continuam a apostar numa das melhores colecções que foram publicadas em Portugal, a Colecção ASA Juvenil (...). O livro, agora apresentado, proporciona-nos uma sensível e diferente recriação do famoso conto popular português, agora com uma roupagem nova e cativante para os jovens leitores.”
Rui Marques Veloso
(in “Pedagogias do Imaginário – Olhares sobre a literatura infantil”, ASA, 2002)
Sobre o livro A Mala Vazia (Ambar, 2003):
““(...) é com facilidade e vontade que os miúdos repetem algumas passagens dos textos desta obra. Sigam-se portanto as sugestões que figuram na contracapa: «São histórias de ler e de ouvir. Histórias de dizer a brincar. De contar e recontar. Histórias onde o sonho e a fantasia dão que pensar». Depois há que arranjar paciência para quando a criança as quiser ouvir repetidamente. E mais ainda quando as souber papaguear... (...) Deseja Alexandre Parafita que «os contos possam sempre regressar ao mundo mágico em que nasceram: a oralidade». Por isso os recolhe, regista e divulga. E espera que alguém os diga de novo.”
Rita Pimenta
in «Mil Folhas» (Jornal Público) em 6/12/2003
Sobre o livro Bruxas, Feiticeiras e suas Maroteiras (Texto Editora, 2003)
““Alexandre Parafita não desiste de fixar na escrita as memórias da oralidade o lugar de onde vêm todos os contos. (...) Os contos «trazem fadas, bruxas e até feiticeiras/ que saem dos potes das nossas lareiras!// Trazem ogres, trasgos e almas penadas/ Lobos, olharapos e mouras encantadas». Seres fantásticos e atmosferas misteriosas fazem o universo de um livro que recupera lendas e contos de tradição oral. É a gente a falar em «Bruxas, Feiticeiras e Suas Maroteiras» como em todas as obras do autor pensadas ou não para crianças. (...) (Neste livro), dedicado a «uma nova geração de contadores de histórias», há ritmo, bom humor e jogos de palavras que ficam a ecoar na memória como se os textos cantassem nas páginas.”
Rita Pimenta
in «Mil Folhas» (Jornal Público) em 6/12/2003
Algumas recensões às obras do autor: