Projecto Vercial

Alexandre Parafita


Alexandre Parafita

Alexandre Parafita, natural de Sabrosa (Trás-os-Montes) possui o Doutoramento em Cultura Portuguesa pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o Mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior (UBI). Estudou também na Escola Superior de Jornalismo do Porto e na Universidade de Coimbra.

É docente do ensino superior, investigador em áreas do património cultural e jornalista. Lecciona na UTAD e é professor convidado do IPB (Pólo de Mirandela). Como investigador, integra o Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa. Como escritor, é autor de várias dezenas de títulos, e a sua obra incide, fundamentalmente, na literatura infantil e infanto-juvenil e nos estudos do património cultural imaterial. Tem livros publicados nas principais editoras portuguesas. É lido por muitos milhares de crianças e os seus livros têm tido reedições sucessivas.

A sua obra figura em manuais escolares. Vários livros seus são bibliografia obrigatória em Universidades e Institutos Superiores e muitos integram o Plano Nacional de Leitura (PNL).

Os seus trabalhos, como investigador de literatura oral tradicional, permitiram-lhe já resgatar milhares de textos inéditos em risco de se perderem na memória oral do povo. Várias centenas publicou-os já na colecção "Tesouros da Memória" da Plátano Editora e muitos outros nas suas obras A Mitologia dos Mouros e Património Imaterial do Douro (Vols 1 e 2). Sobre este trabalho tem feito intervenções em espaços televisivos: RTP, SIC, TVI, NTV e RTP Internacional.

Da sua bibliografia, são de destacar:

Literatura infantil e infanto-juvenil:

  • Uma Andorinha no Alpendre (Civilização, 1994)
  • A Lenda da Princesa Marroquina (Europress, 1995)
  • O Segredo do Vale das Fontes (Europress, 1996)
  • Chovia Ouro no Bosque (Porto Editora, 1996)
  • A Princesinha dos Bordados de Ouro (Porto Editora, 1996)
  • O Último Gaiteiro (Europress, 1997)
  • As Aventuras de Rik & Rok (co-autor, Impala, 1998)
  • Histórias de Natal Contadas em Verso (Âncora, 2000)
  • As três touquinhas brancas (Plátano Editora, 2000)
  • Branca Flor, o Príncipe e o Demónio (ASA, 2001)
  • A mala vazia (Âmbar, 2003)
  • Diabos, diabritos e outros mafarricos (Texto Editora, 2003)
  • Bruxas, feiticeiras e suas maroteiras (Texto Editora, 2003)
  • O Conselheiro do Rei (Impala, 2004)
  • Histórias de Arte e Manhas (Texto Editores, 2005)
  • Contos de Animais com Manhas de Gente (Âmbar, 2005)
  • Histórias a rimar para ler e brincar (Lisboa, Texto Editores, 2006)
  • Memórias de um cavalinho de pau (Texto Editores, 2006)
  • Vou morar no arco-íris (Vila Nova de Gaia, Gailivro, 2007)
  • O rei na barriga (Porto, Âmbar, 2007)
  • Pastor de rimas (Lisboa, Impala, 2008)
  • O tesouro dos maruxinhos - mitos e lendas para os mais novos, Lisboa (Oficina do Livro, 2008)
  • Lobos, raposas, leões e outros figurões (Lisboa, Texto Editores, 2008)
  • Ardínia, a moura que morreu por amor (Guimarães, Meiosdarte, 2009)
  • Contos ao vento com demónios dentro (Plátano Editora, 2009)
  • Balada das Sete fadas (Plátano Editora, 2010)
  • Literatura Oral Tradicional:

  • A Comunicação e a Literatura Popular (Plátano Editora, 1999)
  • O Maravilhoso Popular - Lendas. Contos. Mitos (Plátano Editora, 2000)
  • Antologia de Contos Populares – Vol. 1: Contos religiosos, contos de fadas, contos novelescos, contos do demónio estúpido (Plátano Editora, 2001)
  • Antologia de Contos Populares – Vol. 2: Contos jocosos e divertidos (Plátano Editora, 2002)
  • A Mitologia dos Mouros (Gailivro, 2006)
  • Os Provérbios e a Cultura Popular (co-autor, Gailivro, 2007)
  • Património Imaterial do Douro: Narrações Orais, Vol.1 (Âncora Editora, 2007)
  • Património Imaterial do Douro: Narrações Orais, Vol. 2 (Âncora Editora, 2010)



  • Algumas opiniões e referências publicadas sobre o escritor:

    Sobre o livro “Ah Trás-os-Montes!” (ed. autor, 1978)

    A poesia de Alexandre Parafita consegue conciliar com gosto as raízes populares com a busca de novas formas (ou metamorfoses) de linguagem

    José Augusto Seabra

    (Escritor e Ensaísta)

    Sobre o livro “Retalhos deste povo” (ed. Câmara Municipal de Vila Real 1981)

    Trás-os-Montes tem em Alexandre Parafita um prosador que sabe recriar lendas e costumes com uma arte tão atraentemente simples como os lugares que servem de cenário às narrativas e tão austera como as gentes que as povoam

    Altino do Tojal

    (Escritor)

    Sobre o livro “A lenda da princesa marroquina” (Europress, 1995)

    Poemas escritos de acordo com a melhor tradição dos romanceiros portugueses, num ritmo tão agradável e saboroso que apetecia vê-los musicados. Uma delícia para pais e filhos.”

    Ana Maria Magalhães

    (Escritora de Lit. Infanto-Juvenil)

    Sobre o livro “A princesinha dos bordados de ouro” (Porto Editora, 1996)

    Lê-se com encanto. Parece escutar-se a melopeia de uma história antiga que nos traz a vitória do Amor-Verdade de sempre.”

    Matilde Rosa Araújo

    (Escritora de Lit. Infantil)

    Sobre “A princesinha dos bordados de ouro” e “Chovia ouro no boque(Porto Editora, 1996):

    Parabéns ao autor pela vocação inegável que tem para contar histórias que fazem bem à alma. Primeiro por serem belissimamente contadas, depois pela delicadeza que revelam e pela capacidade tão rara de se situar, com respeito e ternura, no mundo infantil.”

    Isabel Cardigos

    (Directora da Revista “Estudos de Literatura Oral)

    Sobre o livro “A Comunicação e a Literatura Popular” (Plátano Editora, 1999):

    Um estudo de referência sobre a literatura de tradição oral (...) dada a sua importância para os professores, alunos e outros interessados em ciências da comunicação, literaturas, linguística, semiologia, antropologia cultural e outras disciplinas que com estas façam fronteira

    Vítor Quelhas

    (in “Expresso”, 26/7/1999)

    “De notar a acentuada ênfase conferida ao objecto principal da pesquisa (os textos orais da tradição), para o qual o autor contribuiu com renovada reflexão, com propostas aprofundadas, e sempre atento a uma intensionalidade pedagógico-didáctica.”

    João David Pinto-Correia

    (Director do Centro de Tradições Populares Portuguesas da U.L.)

    Sobre o livro “O Maravilhoso Popular – Lendas. Contos. Mitos” (Plátano Editora, 2000):

    “É uma obra necessária, não só pelo seu valor de testemunho de uma tradição que se vai perdendo – o contar histórias –, substituída que tem sido pelos serões televisivos massificadores e estupidificantes, mas pela capacidade que tem em divertir os leitores”

    José Leon Machado

    (In “Semanário Transmontano”, 1/12/2000)

     

     “Esta sua obra, consagrada ao maravilhoso e ao fantástico que povoam o imaginário rural de Trás-os-Montes e Alto Douro, veio confirmar a qualidade do seu trabalho de campo relativamente à recolha e ao estudo da literatura oral popular

    Vítor Quelhas

    (in “Expresso”, 8/7/2000)

    Sobre “Histórias de Natal contadas em verso” (Âncora Editora, 2000):

     “Alexandre Parafita, autor de mais de duas dezenas de títulos, é, além de ensaísta, um dos mais estimulantes escritores portugueses para a infância e juventude

    (in “Jornal de Notícias”, 28/11/2000)

    Trata-se de uma obra que procura devolver ao conceito de Natal os valores universais da amizade e da fraternidade, através de personagens como o palhacinho, o menino da rua, o pastorinho, o gaiteiro, os três reis do Oriente, o mendigo, entre outros.

    (in “Expresso on line”, 4/12/2000)

     

     

    Sobre “Antologia de Contos Populares”, Vol. 1 (Plátano Editora, 2001)

    “Um projecto incontestável pela funcionalidade didáctica. Assim seja então: que esta Antologia funcione como partitura, pretexto para resgatar alguns textos dessa extinção que a tantos assusta.”

    Ana Paula Guimarães

    (Directora do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, in Posfácio)

    “Na linha de trabalhos anteriores (A Comunicação e a Literatura Popular e O Maravilhoso Popular), Alexandre Parafita acaba de publicar o primeiro volume de uma obra que poderá impor-se pelo seu pioneirismo no panorama do que tem publicado em Portugal sobre Literatura Popular de Tradição oral. Trata-se da obra Antologia de Contos Populares, cujo 1º Volume apresenta como sub-título Contos Religiosos, Contos Novelescos Contos de Fadas e Contos do Demónio Estúpido (...). Na verdade, esta obra introduz uma prática que não é frequente ver aplicada em publicações de literatura oral tradicional, pelo menos em Portugal. Os contos populares aparecem munidos, todos eles, da respectiva contextualização sociológica, ficando o leitor a saber: quem conta )nome e idade do/a informante), onde conta (aldeia/vila, concelho), quando conta (ano da recolha), para além de incluir as notas respectivas sobre o ambiente etnográfico reproduzido nos contos.”

    Armindo Mesquita

    (in “Jornal de Letras” , 9/1/2002)

    Sobre “Antologia de Contos Populares”, Vol.2 (Plátano Editora, 2002)

    Alexandre Parafita, escritor e investigador, é autor das mais interessantes recolhas feitas nos últimos anos sobre o filão ameaçado mas inextinguível da nossa tradição oral. Antologia de Contos Populares – Contos Jocosos e Divertidos é o segundo volume de uma obra vasta  e de incalculável valor, já que nos revela, de forma consistente e profunda, a matéria-prima de que é feito o imaginário português.”

    José Jorge Letria

    (in Revista “Tempo Livre”, Dezembro/2002)

    Sobre “Antologia de Contos Populares”, Vols. 1 e 2 (Plátano Editora, 2001 e 2002):

    “Parafita é um dos estudiosos, entre os poucos que em Portugal se dedicam a esta árdua tarefa, que se têm batido pela integridade deste género narrativo (é proposta dele designá-lo, dignificando-o, por “literatura popular de tradição oral”) ainda considerado por muitos como subliteratura, portando prescindível. O que é um conto popular? De resposta aparentemente simples, a questão é, contudo, complexa. Na sua Antologia de Contos Populares A. Parafita procura uma rigorosa e (quase) exaustiva definição de conto popular – entre outros géneros de contos –, prosseguindo uma demanda, agora com instrumentos mais incisivos de análise, de que foram pioneiros Adolfo Coelho e Teófilo Braga.”

    Vítor Quelhas

    (in “Expresso”, 1/3/2003)

    Sobre o livro “Branca Flor, o príncipe e o demónio” (ASA, 2001):

    “As Edições ASA continuam a apostar numa das melhores colecções que foram publicadas em Portugal, a Colecção ASA Juvenil (...). O livro, agora apresentado, proporciona-nos uma sensível e diferente recriação do famoso conto popular português, agora com uma roupagem nova e cativante para os jovens leitores.”

    Rui Marques Veloso

    (in “Pedagogias do Imaginário – Olhares sobre a literatura infantil”, ASA, 2002)

    Sobre o livro A Mala Vazia (Ambar, 2003):

    ““(...) é com facilidade – e vontade – que os miúdos repetem algumas passagens dos textos desta obra. Sigam-se portanto as sugestões que figuram na contracapa: «São histórias de ler e de ouvir. Histórias de dizer a brincar. De contar e recontar. Histórias onde o sonho e a fantasia dão que pensar». Depois há que arranjar paciência para quando a criança as quiser ouvir repetidamente. E mais ainda quando as souber papaguear... (...) Deseja Alexandre Parafita que «os contos possam sempre regressar ao mundo mágico em que nasceram: a oralidade». Por isso os recolhe, regista e divulga. E espera que alguém os diga de novo.”

    Rita Pimenta

    in «Mil Folhas» (Jornal Público) em 6/12/2003

    Sobre o livro Bruxas, Feiticeiras e suas Maroteiras (Texto Editora, 2003)

    ““Alexandre Parafita não desiste de fixar na escrita as memórias da oralidade – o lugar de onde vêm todos os contos. (...) Os contos «trazem fadas, bruxas e até feiticeiras/ que saem dos potes das nossas lareiras!// Trazem ogres, trasgos e almas penadas/ Lobos, olharapos e mouras encantadas». Seres fantásticos e atmosferas misteriosas fazem o universo de um livro que recupera lendas e contos de tradição oral. É a gente a falar em «Bruxas, Feiticeiras e Suas Maroteiras» como em todas as obras do autor – pensadas ou não para crianças. (...) (Neste livro), dedicado a «uma nova geração de contadores de histórias», há ritmo, bom humor e jogos de palavras que ficam a ecoar na memória como se os textos cantassem nas páginas.”

    Rita Pimenta

    in «Mil Folhas» (Jornal Público) em 6/12/2003



    Algumas recensões às obras do autor:

  • Recensões a vários livros feitas no jornal Expresso
  • Recensão à obra As Três Touquinhas Brancas
  • Recensão a Histórias de Natal Contadas em Verso
  • Recensão a Antologia de Contos Populares, Vol. 1
  • Recensão a Antologia de Contos Populares, Vol. 2
  • Recensão a Branca Flor, o Príncipe e o Demónio
  • Recensão a A Mala Vazia
  • Recensão a Diabos, diabritos e outros Mafarricos
  • Recensão a Bruxas, Feiticeiras e suas Maroteiras
  • Recensão a Antologia de Contos Populares, vol. 2


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